Páginas

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Hibernação

Já fazem alguns meses que eu descobri a existência de um, talvez novo, método para evitar os efeitos colaterais do ciclo da cadeia alimentar dos relacionamentos (ficar com alguém, terminar tudo, sentir dor, superar a dor e ficar com outro alguém). Ele se chama hibernação, fui eu quem deu o nome, inspirado no livro Sushi, da Marian Keyes.

Até onde sei, o método se manifesta sozinho. Consiste em se fechar para relacionamentos por um tempo indeterminado. Talvez não seja a forma mais prática de se lidar com isso, já que a hibernação traz consigo alguns efeitos colaterais, que são:
  • Acomodação: O simples fato de todos os seus problemas com relacionamentos terem acabado, faz com que você fique em estado de hibernação por tanto tempo, que você mal notará o tempo que está sem ninguém
  • Despreparo: Com o tempo "fora do mercado", também se vão todas as técnicas e truques aprendidos. Quando fizer o seu retorno ao "mercado de carnes", é provável que você se sinta um completo novato no jogo do amor, devido a falta de atividade.
  • Conflito: A parte mais  difícil de ser compreendida. O corpo quer relacionamento, mas o cabeça não. A eterna luta entre razão e emoção.  
Parece estranho, mas comigo foi assim. Aliás É assim. Comecei a hibernar no ano passado, está quase para fazer um ano!!! Ainda não achei o botão de desliga, mas desconfio que esse só sairei do "coma" quando a pessoa certa, aquela do Happily Ever After, surgir. Pois, uma coisa em que hibernar traz de positivo, é tempo para repensar tudo que deu errado, e as causas de não terem dado certo. Isso é bom porque causa amadurecimento emocional, que, na minha opinião, falta em muitas pessoas. Daí é aquela história, a diferença entre remédio e veneno é a dosagem.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Uma pitada de Imposição e insegurança???

São Paulo. 6 horas da tarde.
Linha Esmeralda da CPTM parecendo uma lata de Sardinha.

Aquele funk "Delicioso" começa a tocar em alto e bom som de um celular amigo em volta.

"PQP! é Ela denovo..."
"Cê vai atender mano? " [E o Funk rolando]
"Se não atender F.... "
...
"Oi Gata ... Calma Gata ... Claro q eu amo só você!! ... Não gata [vai chamar a mãe de gata porra!!!], é só minha amiga do trabalho, claro q eu não tenho nada com ela.... Só porque eu brinquei no orkut dela não quer dizer q eu pegando.... Claro que eu amo só você gata!!!!"

[Vários "elogios" depois....]

"Olha que eu vou atrás de fulaninha se você não parar ein...."


Primeiro. Não compartilhe seus gostos peculiares no toque do seu celular. E mantenha sempre um volume que não atrapalhe quem está a 200 metros de distância.
Segundo. Mantenha sua relação longe de ambientes públicos e lotados.

Agora vamos ao que interessa.... Me pergunto que tipo de relacionamento se baseia nesse lance de fazer ciúme pra segurar o parceiro.
Não vou ser hipócrita....já fiz muito disso no meu primeiro relacionamento, quando ambos eram crianças e não sabiam nada de nada.
Meus Caros. Um relacionamento bacana não se baseia em imposição de pensamento, nem em joguinhos infantis de ciúme, nem em voltas regadas a sexo selvagem e muito menos em afastamento do resto do mundo. Relacionamentos de verdade [de qualquer tipo] baseiam-se em respeito e confiança. Se um destes alicerces não existe a relação em si também não. O que passa a existir é só um monólogo sentimental patético que faz mal a todos os envolvidos [incluindo os amigos, parentes e colegas de trabalho de ambos].


Dignidade também é isso Galera!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

...

Hoje peço licença para fugir do assunto principal desse blog.
Vou falar de um assunto chato, que ninguém gosta de falar, mas se faz necessário. E também é o lugar onde eu posso desabafar 10% do que eu estou sentindo.

Sábado de manhã eu acordei com o telefone e a terrível notícia que meu primo mais que querido tinha tido um AVC, foi socorrido mas não resistiu. Faleceu. 33 anos e uma vida inteira que ele deixou de viver. Até agora eu não sei mais dizer o que eu estou sentindo além de dor. Eu não o vi esse ano, mas ele era a pessoa da família que topava qualquer parada e estava ali pro que precisar.
Perdemos um pilar. Estamos mancos. Estamos desestruturados.
Passei o final de semana fugindo de casa pra não chorar, mas hoje não consegui escapar. Desabei.
Hoje, segunda, vejo que não sei lidar com a morte, mas vou ter que aprender...


Hoje, segunda, tive uma segunda péssima notícia de mesmo tópico: a mãe de um imenso amigo faleceu também no sábado de manhã. Parece que foi combinado. Ele viu a notícia do meu primo, mas como consolar uma pessoa que também precisa de consolo?
Liguei pra ele, claro! Não fui forte o suficiente e acabei chorando no celular com ele... Somos humanos e, nessas horas, enfraquecemos.
Eu sinto muito por ele e pela família dele. E por mim e pela minha família.
Mas estamos vivos e precisamos continuar a vida. Nenhum deles gostaria de nos ver chorando pela partida, mas sorrindo pelas felicidades que tivemos com eles.
Vamos chorar por dois dias. E vamos sorrir pelo resto de nossas vidas.



PS: Bruxa, faça-me um favor. Volte para o lugar de onde você nunca deveria ter saído e deixe nossas vidas em paz.
PS2: Eu não pretendo falar mais disso nesse blog. E obrigada pelo respeito.